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terça-feira, 5 de abril de 2011

História de Silvio Romero da Silva Ramos

                                    Biografia de Silvio Romero

             Silvio Romero(nascido Silvio Romero da Silva Ramos,na então vila de lagarto em Sergipe no dia 21 de abril de 1851) era filho do português  André Romero ,natural de Guimarães e de Maria Vasconcelos da Silveira Ramos,também  filha de portugueses residentes naquele território da freguesia de Nossa Senhora da Piedade .Lagarto era um dos prósperos centros sergipanos,para onde acorriam os jovens para buscar conhecimentos,como Tobias Barretos,que estudou latim com padre José Alves Pitangueira.A vila do tempo de Silvio Romero tinha no professor Badu  um dos melhores mestres,e guardava duas tradições marcantes :a primeira o brado de liberdade  do padre Eusébio Dias laços Lima que criou um império em Sergipe e em alagoas,distribuindo títulos de nobreza  em os lagarteasses   da vigararia;a segunda ,a de ser,em todo o território sergipano,a área mais bem dividida com predomínio da pequena propriedade.     Silvio Romero aos 17 anos desembarcou em Recife,para estudar na Faculdade de Direito,onde já estavam alguns sergipanos,como Martinho  Garcez  e Tobias Barreto,que viriam,com certeza,a ser dois dos seus melhores amigos.Ao chegar á  capital pernambucana ,a cidade mais cosmopolita do norte do Brasil (ainda não se tinha a noção geográfica e econômica da Região Nordeste,como vem aparecer,com clareza,nas obras de Gilberto Freyre),Silvio Romero estava impregnado de contos,romances,lendas,cantigas,trechos de cheganças e de reisado,aprendidos na sua infância sergipana,com Totonha e com Zefa Nó,filha de Joana Nó,também escrava da família Romero  em lagarto.E guardava as festas de Nossa Senhora do Rosário,quando as taieiras desfilavam pela  procissão,com seus cantos cujo estribilho ecoava nas ruas:’’Inderé,ré,ré/Ai Jesus de Nazaré”.       O ano de 1868 foi um ano diferente ma vida do Recife e de outras cidades brasileiras.É o marco da ruptura com o saber tradicional,de salvação.Surgem no recife diversos jornais e revistas,divulgando  as novas teorias cientificas,sistemas filosóficos,combatendo o clericalismo dominante.O próprio Silvio Romero,ao referir-se ao movimento intelectual daquele tempo,sob os auspícios da escola do recife,disse:’’Um bando de idéias novas esvoaçou sobre nós de todos os pontos do horizonte.Positivismo,evolucionismo,darwinismo,critica religiosa,naturalismo,cientificismo na poesia e no romance,folclore,novos processos de critica e de  história literária,transformação da intuição do direito e da política,tudo então se agitou e o brado de alarme partiu da Escola de Recife.O recife estava agitado e demonstrava o seu entusiasmo,louvando os feitos dos soldados e de seus comandantes nos combates da guerra com o Paraguai. 
      A partir de 1869 Silvio Romero começou a produzir os primeiros trabalhos,publicados a partir de abril de 1870 no jornal A crença(A poesia ao livro de Santa Helena Magno,O que Entendemos por poesia,duas cartas endereçadas a Manoel Quintiliano da silva,A poesia das Falenas,critica ao livro de Machado de Assis),em O americano,dirigido  por Tobias Barreto ,ainda em 1870(A poesia das Espumas Flutuantes,critica ao livro de Castro Alves),no jornal Correio Pernambucano,em 1871.            Foram cinco anos de intensa  atividade intelectual no recife,onde se bacharelou em 1873.Voltando para Sergipe,é logo nomeado,a 24 de janeiro de 1874,Promotor de Estância,onde permaneceu até 8 de fevereiro de 1875,quando foi exonerado pelo Presidente da Província,Antônio dos Passos Miranda,que  também o nomeou.O período da Promotoria foi intercalado com o mandato de deputado Provincial,juntamente com  Martinho Garcez e com outros amigos.Um Discurso,discutindo projetos de lei para a elaboração da História de Sergipe,passa a ser,em abril de 1874,o seu primeiro livro publicado.Não era,na verdade,um livro,mas um folheto,que,tomando a deixa  da história sergipana,criticava “o método retrógrado e anticientífico dos nossos historiadores”.       Em 1875,Silvio Romero  volta ao Recife e publica o livro Etnologia Selvagem e enfrenta uma banca de examinadores,junto á Faculdade de Direito do Recife.Durante os exames,Silvio Romero afirma um traço do seu perfil,que levaria por toda a vida,o do polemista radical.Segundo os registros ,no meio de um questionário  Silvio Romero teria dito:’’Nisto não há metafísica,Sr doutor,há lógica”,ouvindo como resposta do professor coelho Rodrigues,que “A lógica não exclui a metafísica”.Em 1876,quando é nomeado Juiz de Direito da comarca de parati,na província do Rio de Janeiro,onde passa a viver até 1879,quando vai para a cidade de Rio de janeiro,e um ano depois,ingressa no magistério,como professor do colégio Pedro II em Parati,Silvio Romero deixa larga contribuição cultural ao Brasil,publicando A filosofia no Brasil ,em Porto Alegre,e o livro de poemas Contos do Fim do Século ,no Rio de Janeiro,ambos em 1878.Começa,também a publicar seus ensaios sobre a poesia popular,depois enfeixados no livro Estudos sobre a Poesia  Popular do Brasil.                   Sílvio Romero cursou a Faculdade de Direito do Recife, entre 1868 e 1873, diplomando-se em 1873, sendo contemporâneo de Tobias Barreto. Na década de 1870 colaborou, como crítico literário, em vários periódicos pernambucanos e cariocas.
Em 1875, foi eleito deputado provincial por Estância, em Sergipe. Radicou-se no Rio de Janeiro onde alcançou notoriedade, especialmente como crítico literário. Em 1878, Sílvio Romero publicou seus dois primeiros livros, A Filosofia no Brasil e Cantos do Fim do Século, seu primeiro livro de poesia. O primeiro deles tinha a intenção de questionar o meio acadêmicoTobias Barreto, seu mestre e conterrâneo. Nessa obra critica com veemência as correntes de filosofia no país, em especial o espiritualismo e o positivismo.
No Rio de Janeiro, lecionou Filosofia no Colégio Pedro II entre 1881 e 1910. Estava entre os intelectuais que fundaram a Academia Brasileira de Letras, em 1897. Polemista agressivo e ativo, contribuiu de modo significativo para que a Escola do Recife - denominação que lhe deve ser atribuída - viesse a ser conhecida em todo o país.
Em 1882 publicou a Introdução à História da Literatura Brasileira, hoje em edição de cinco volumes. Com o livro Últimos Harpejos, em 1883, sua carreira de poeta se encerra. Como resultado de pesquisas sobre o folclore brasileiro escreveu O elemento popular na literatura do Brasil e Cantos populares do Brasil, tendo realizado para este, em 1883, uma viagem para Lisboa a fim de publicá-lo. Em 1888, houve a publicação da História da Literatura Brasileira em 2 volumes.
Em 1891 produziu artigos sobre ensino para o jornal carioca Diário de Notícias, dirigido por Rui Barbosa. No mesmo ano, foi nomeado membro do Conselho de Instrução Superior por Benjamim Constant.
Foi um dos primeiros pensadores a se interessar por Antônio Conselheiro, o qual via como missionário vulgar que agregara em torno de si fanáticos depredadores. Seu amigo Euclides da Cunha, tendo sido enviado para Canudos, foi responsável pelo esclarecimento dos fatos ainda nebulosos para muitos intelectuais da época.
Entre 1900 e 1902 foi deputado federal pelo Partido Republicano, trabalhando na comissão encarregada de rever o Código Civil na função de relator-geral.
Entre 1911 e 1912 residiu em Juiz de Fora, participando da vida intelectual da cidade, publicando poemas e outros escritos nos jornais locais, prefaciando livros, ministrando aulas no ensino superior e proferindo discursos.



                                              Obras

                 A filosofia no Brasil: ensaio crítico. Porto Alegre: Tipografia de Deutsche Zeitung, 1878. 192 p. Interpretação filosófica na evolução dos fatos históricos. Rio de Janeiro, 1880. (Tese de concurso à cadeira de Filosofia do Colégio Pedro II). Ensaios de philosophia do direito. Recife: Companhia Impressora, 1885. 307 p. Ensaios de philosophia do direito. Apêndice Gumercindo Bessa. Rio de Janeiro: Cunha e Irmãos Editores, 1895. 264 p. Ensaios de philosophia do direito. 2. ed. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1908. 320 p. Ensaios de filosofia do direito. São Paulo. Landy Livraria Editora. 2001. 179 p. A filosofia e o ensino secundário. Rio de Janeiro, 1885. (Opúsculo). Doutrina contra doutrina; o evolucionismo e o positivismo no Brasil. Rio de Janeiro: Editor J. B. Nunes, 1894. Doutrina contra doutrina; o evolucionismo e o positivismo no Brasil. 2. ed. melhorada. Rio de Janeiro: Livraria Clássica de Alves & Cia, 1895. 293 p. Obra filosófica. Introdução e seleção Luís Washington Vita. Rio de Janeiro: [[Livraria José Olympio Editora, 1969. 701 p. (Documentos brasileiros, 139). Ensaios de crítica parlamentar. Rio de Janeiro: Moreira Máximo & Cia. 1883. 186 p. As formas principaes da organização republicana. Rio de Janeiro, 1888. (Opúsculo). Parlamentarismo e presidencialismo na república brasileira; cartas ao conselheiro Rui Barbosa[6]. Rio de Janeiro: Companhia Impressora, 1893. 152 p. Discursos. Porto: Livraria Chardron, 1904. 316 p. O alemanismo no sul do Brasil; seus perigos e meios de os conjurar. Rio de Janeiro: Typ. Heitor Ribeiro, 1906. 72 p. O Brasil social; vistas sintéticas obtidas pelos processos de La play. Rio de Janeiro: Typ. Jornal do Commercio, 1907. 43 p. Geografia da politicagem. Rio de Janeiro, 1909. (Opúsculo). Bancarrota do regime federativo na república brasileira. Rio de Janeiro, 1910. (Opúsculo). Provocações e debates; contribuição para o estudo do Brasil social. Porto: Livraria Chardron, 1910. 416 p. O castilhismo no Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro, 1910. O Brasil na primeira década do século XX. Lisboa: Typ. da “A Editora Limitada”, 1912. 209 p. (Estudos Sociaes). O remédio. Rio de Janeiro, 1914. (Discurso de paraninfo). A união do Paraná e Santa Catarina: o Estado de Iguassú. Prefácio Arthur Guimarães. Niterói: Escola Typ. Salesiana, 1916. 45 p. (Extractos de uma série de artigos publicados no Jornal “A ‘Época” da capital Federal, em nov. 1912). Parlamentarismo e presidencialismo. Introdução de Pedro Calmon. Brasília: Senado Federal, 1979. 84 p. (Coleção Bernardo Pereira de Vasconcelos. Série Estudos Políticos, 14). Realidade e ilusões no Brasil; parlamentarismo e presidencialismo e outros ensaios. Seleção e coordenação Hildon Rocha. Petrópolis: Editora Vozes, 1979. 324 p. O Brasil social e outros estudos sociológicos. Brasília: Senado Federal, 2001. 277 p. (Biblioteca Básica Brasileira).                                              


                       Obras Complementares

  • A filosofia no Brasil: ensaio crítico.Porto Alegre: Tipografia de Deutsche Zeitung,1878. 192p.
  • Interpretação filosófica na evolução dos fatos históricos. Rio de Janeiro, 1880. (Tese de concurso à cadeira de Filosofia do Colégio Pedro II).
  • Ensaios de philosophia do direito. Recife: Companhia Impressora, 1885. 307 p.
  • Ensaios de philosophia do direito. Apêndice Gumercindo Bessa. Rio de Janeiro: Cunha e Irmãos Editores, 1895. 264 p.
  • Ensaios de philosophia do direito. 2. ed. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1908.320p.
  • Ensaios de filosofia do direito. São Paulo. Landy Livraria Editora. 2001. 179 p.
  • A filosofia e o ensino secundário. Rio de Janeiro, 1885. (Opúsculo).
  • Doutrina contra doutrina; o evolucionismo e o positivismo no Brasil. Rio de Janeiro: Editor J. B. Nunes, 1894.
  • Doutrina contra doutrina; o evolucionismo e o positivismo no Brasil. 2. ed. melhorada. Rio de Janeiro: Livraria Clássica de Alves & Cia, 1895. 293 p.
  • Obra filosófica. Introdução e seleção Luís Washington Vita. Rio de Janeiro: [[Livraria José Olympio Editora, 1969. 701 p. (Documentos brasileiros, 139).
  • Ensaios de crítica parlamentar. Rio de Janeiro: Moreira Máximo & Cia. 1883. 186 p.
  • As formas principaes da organização republicana. Rio de Janeiro, 1888. (Opúsculo).
  • Parlamentarismo e presidencialismo na república brasileira; cartas ao conselheiro Rui Barbosa[6]. Rio de Janeiro: Companhia Impressora, 1893. 152 p.
  • Discursos. Porto: Livraria Chardron, 1904. 316 p.
  • O alemanismo no sul do Brasil; seus perigos e meios de os conjurar. Rio de Janeiro: Typ. Heitor Ribeiro, 1906. 72 p.
  • O Brasil social; vistas sintéticas obtidas pelos processos de La play. Rio de Janeiro: Typ. Jornal do Commercio, 1907. 43 p.
  • Geografia da politicagem. Rio de Janeiro, 1909. (Opúsculo).
  • Bancarrota do regime federativo na república brasileira. Rio de Janeiro, 1910. (Opúsculo).
  • Provocações e debates; contribuição para o estudo do Brasil social. Porto: Livraria Chardron, 1910. 416 p.
  • O castilhismo no Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro, 1910.
  • O Brasil na primeira década do século XX. Lisboa: Typ. da “A Editora Limitada”, 1912. 209 p. (Estudos Sociaes).
  • O remédio. Rio de Janeiro, 1914. (Discurso de paraninfo).
  • A união do Paraná e Santa Catarina: o Estado de Iguassú. Prefácio Arthur Guimarães. Niterói: Escola Typ. Salesiana, 1916. 45 p. (Extractos de uma série de artigos publicados no Jornal “A ‘Época” da capital Federal, em nov. 1912).
  • Parlamentarismo e presidencialismo. Introdução de Pedro Calmon. Brasília: Senado Federal, 1979. 84 p. (Coleção Bernardo Pereira de Vasconcelos. Série Estudos Políticos, 14).
  • Realidade e ilusões no Brasil; parlamentarismo e presidencialismo e outros ensaios. Seleção e coordenação Hildon Rocha. Petrópolis: Editora Vozes, 1979. 324 p.
  • O Brasil social e outros estudos sociológicos. Brasília: Senado Federal, 2001. 277 p. (Biblioteca Básica Brasileira).
  • História da Literatura Brasileira (1888)
  • Ensaios de Sociologia e Literatura (1901)
  • Martins Pena (1901)
  • Pinheiro Chagas (1904)
  • Evolução da Literatura Brasileira (1905)
  • Outros Estudos de Literatura Contemporânea (1905)
  • O Alemanismo no Sul do Brasil (1906)
  • Compêndio de História da Literatura Brasileira (1906)
  • Discurso (1907)
  • Zeverissimações Ineptas da Crítica (1909)
  • Da Crítica e sua Exata Definição (1909)
  • Provocações e Debates (1910)
  • Quadro Sintético da Evolução de Géneros na Literatura Brasileira (1911)
  • Minhas Contradições (1914)
Obras para Baixar




                 Imagens de Sílvio Romero 

 Estatua de Silvio Romero

Silvio Romero com a sua beca de professor

 A mãe de Silvio Romero,Dona Maria Ramos(Romero)

O pai de Silvio romero,André Ramos(Romero).

Lagarto,vila de sergipe em que Silvio Romero nasceu.reprodução fotográfica do livro "Itinerário de silvio romero",por Silvio Rabelo-Livraria José Olimpio Editoria,1944.

 Casa grande do engenho "Moreira",na qual Silvio Romero viveu até os cinco anos de idade

 Faculdade de Direito do recife,no largo do Hospital,no tempo em que Silvio Romero fez o seu curso.



Literatura

 Escultura em homenagem a Silvio Romero.Obra do artista Plástico Zeus,praça silvio romero.Lagarto-se

 Dona Clarinda Diamantina Correia de Araújo,formosa pernambucana que foi a primeira mulher de Silvio romero.

Dona Maria Liberato da Rocha Romero,segunda esposa de silvio romero.não foi localizado o registro fotografico.

 Dona Maria Petronila Pereira Barreto Romero,Mocinha,terceira esposa de silvio romero.

Estado de conservação da casa onde nasceu Silvio Romero.Localizada na rua acrizio garcez,em lagarto,o imóvel sofreu sucessivas reformas,perdendo suas caracteristicas originais.Antes.

Depois

Depois

 Grupo escolar Silvio Romero.obs.:atual sede do memorial de lagarto.Lagarto-se



Casa térrea edificada em 1822,local onde viveu Silvio Romero dos cinco anos aos treze anos.Localizada na rua Major Mendonça,lagarto,imóvel preserva suas caracteristicas de construção do século XIX.






                                   Entrevista 

Entrevistado:Emersom carvalho

                                                       Emersom carvalho cm seus 15 anos

1.Nome Completo?
Emerson da Silva Carvalho

2.Qual a profissão?
Professor (33 anos de profissão).

3.Relatos sobre Silvio Romero?
É o 1° Colégio Estadual em que reune o maior número da alunos na cidade.

4.Acontecimentos da época em que Silvio Romero Viveu?
No periodo de Silvio Romero foi considerado o maior históriador,que permanece até hoje nas faculdades,colégios,bibliotecas,em seus livros etc.
                       
5.Como era Lagarto nesse tempo?
Um pouco da história de Lagarto é contado por sua gente e está registrado em cada ponto da cidade especialmente em sul " Memorial".
 
                                      Fotos da entrevista








                      Videos da entrevista